O frio chegou e com ele muitas doenças que são transmitidas pelo ar e também pelo contato entre as pessoas. Logo, é importante ter alguns cuidados em mente para evitar uma possível contaminação ou agravamento de um quadro já existente.
Como a temperatura fica mais baixa, o ar tende a ficar mais seco também, o que favorece a circulação de vírus e bactérias. Em um cenário como esse, crianças e idosos, que geralmente tem a imunidade mais baixa, são expostos com mais frequência.
A seguir, você vai entender quais são as doenças de inverno mais comuns, como tratá-las, além de conferir ações simples, mas muito eficazes para evitar contaminações nesta época do ano, protegendo você e todos aqueles que importam na sua vida. Boa leitura!
Pneumonia
Se no caso de gripes e resfriados temos uma inflamação das vias respiratórias, na pneumonia o quadro se agrava, pois os pulmões também são afetados. No entanto, quando uma gripe ou resfriado não é corretamente tratado, maiores são as chances da sua imunidade despencar e você ficar exposto(a) à entrada de bactérias no seu organismo. Indefeso, o organismo não consegue barrar esses agentes que se alojam nos alvéolos pulmonares, inflamando os pulmões.
Alguns dos sintomas da pneumonia são divididos em tosse acompanhada de catarro, febre alta, falta de ar, dor do peito e nas costas, pressão alta e mal estar. A pneumonia viral, por exemplo, está entre as variações mais comuns da doença com a chegada do inverno. O seu tratamento é feito por meio de antibióticos e medicamentos receitados por um profissional de saúde.
Asma
Se você tem ou conhece alguém que lida com a asma diariamente, sabe o quanto essa doença inflamatória pode ser dolorosa. Ela acontece sempre que os brônquios (estrutura que leva o ar da traqueia para os pulmões) se inflamam, comprometendo a passagem de ar. Isso causa uma série de sintomas adversos como tosse, falta de ar e aperto no peito.
Neste caso, a dificuldade em respirar está relacionada à exposição a certos agentes irritantes. Eles variam entre pó, poeira, mofo, fragrâncias de perfumes e colônias, além de odores fortes de produtos químicos.
Devido a gravidade da doença, ela pode ser considerada um agravante para a COVID-19. Por isso, pacientes asmáticos devem fazer o possível para evitar aglomerações e respeitar as normas de isolamento social como forma de preservar a própria saúde e também daqueles que estão próximos a eles.
Bronquite
Outra doença do inverno que pode ter sintomas desagradáveis é a bronquite. Ao contrário da pneumonia, onde os alvéolos inflamam, ela começa a partir de uma inflamação dos brônquios, isto é, dos tubos que transportam o oxigênio até os pulmões.
Existem dois tipos de bronquite: aguda e crônica. O estágio agudo é causado por infecções virais, principalmente em crianças e idosos, mais suscetíveis a bactérias e vírus. Já a bronquite crônica se manifesta por mais tempo, podendo estar relacionada ao tabagismo, à exposição de substâncias irritantes ou à poluição do ar. Seus sintomas podem variar de falta de ar, irritação na garganta, pigarro, tosse, chiado no peito e febre constante.
Sinusite
A sinusite surge quando há uma inflamação da mucosa dos seios da face, onde estão localizadas as cavidades ósseas ao redor das maçãs do rosto e do nariz. Também conhecida como rinossinusite, esse processo inflamatório pode ser causado tanto por bactérias, fungos e vírus quanto por manifestações alérgicas.
Em alguns casos, temos a sinusite crônica, que se trata de uma manifestação mais agressiva da doença, podendo levar a reações alérgicas mais intensas. Ela se manifesta à noite, quando o paciente deita, fazendo com que a secreção escorra pela parte posterior das fossas nasais. Isso gera uma irritação das vias aéreas, levando à tosse. O tratamento para sinusite varia de pessoa para pessoa, mas algumas mudanças na rotina já ajudam amenizar os sintomas, como evitar a exposição ao ar condicionado, beber bastante água e limpar as narinas com soro fisiológico.
Rinite
As mucosas nasais tem como objetivo umedecer, aquecer e filtrar as partículas do ar que respiramos. Quando elas estão inflamadas, logo partículas maiores acabam passando direto e criando um quadro de irritação no local, dando início à rinite. Ela pode surgir na forma aguda ou infecciosa, durando entre 7 e 10 dias ou crônica, quando os sintomas se estendem por até 3 meses ou mais.
Dentre os sintomas da rinite, podemos destacar coriza, espirros frequentes, nariz congestionado, coceira (pode surgir no nariz, nos olhos, no céu da boca ou na garganta). O controle destes sintomas é feito a partir de tratamentos alternativos que vão desde o uso de descongestionantes e anti-histamínicos até a lavagem do nariz com soro fisiológico. Além disso, deve haver uma limpeza do local que o(a) paciente com rinite está a fim de trazer mais qualidade de vida para ele(a).
Gripes e resfriados
Apesar de terem sintomas diferentes, ambos ainda são muito confundidos. Antes de tudo é importante entender que a gripe é causada pelo vírus influenza e se manifesta com febre alta, dor no corpo e na garganta, além de cansaço constante. Esse quadro faz com que o paciente fique em um estado delibitado por mais de uma semana.
Já o resfriado, que também não deixa de ser uma infecção respiratória, surge por diversos tipos de vírus, sendo o rinovírus o mais comum. Ao contrário da gripe, seus sintomas são mais amenos e ficam restritos a coriza, febre baixa, tosse e espirros. A transmissão é feita pelo ar, mas também pode ocorrer pelo contato de mucosas e com objetos contaminados por gotículas.
Como proteger você e outras pessoas próximas

Bom, agora que você já conhece algumas das doenças mais comuns do inverno, vamos entender, juntos, como podemos nos proteger delas e também garantir a saúde daqueles que estão próximos de nós. Muitas das dicas abaixo são fáceis de aplicar no seu dia a dia, enquanto outras exigem mais jogo de cintura.
Mantenha os ambientes ventilados
Abrir as portas e janelas para deixar o ar circular é algo que deve ser feito não apenas durante o verão, quando as temperaturas estão altas e a sensação de calor é constante. No inverno, estação na qual costumamos fechar tudo para evitar o ar gelado de fora, isso também precisa acontecer.
Assim que o vento entra em uma casa, apartamento ou escritório, ele renova a atmosfera do ambiente, deixando-o mais arejado. Isso ajuda na prevenção de doenças respiratórias, como gripes, resfriados e até manifestações mais agressivas como o COVID-19.
A qualidade interna do ar também melhora, já que o ambiente não fica carregado de gás carbônico caso estivesse fechado. O uso constante do ar condicionado também não é recomendado. Até o uso de ventiladores também pode ajudar, pois eles aumentam ainda mais a circulação de ar em locais fechados.
Se alimente bem
Consumir alimentos ricos em vitaminas e sais minerais vai te ajudar a fortalecer o seu sistema imunológico, criando as barreiras necessárias para o organismo bloquear as ações de vírus e bactérias causadores de infecções respiratórias. Portanto, inclua frutas, legumes, verduras, sementes e outros alimentos nas suas principais refeições.
Pratique exercícios físicos
Existe uma relação direta entre a prática de esportes e o fortalecimento do sistema imunológico. A partir do momento em que você começa a se exercitar, as células imunes, que ficam concentradas no pulmão, baço e linfonodos, saem desses lugares e vão para outras partes do corpo em busca patógenos. Mesmo que esse processo seja breve, ele acaba fortalecendo a imunidade por um curto período de tempo.
Beba água
Já foi comprovado que o consumo regular de água todos os dias auxilia no corpo em muitas funções, fazendo tudo funcionar corretamente. A hidratação regular é essencial na manutenção de processos fisiológicos ligados à absorção, excreção, circulação e manutenção da temperatura do corpo. Beber água é algo que não deve ser feito apenas no verão, mas também no inverno, quando não sentimos tanta sede. Por isso que a ingestão de 2 a 3 litros por dia é recomendada.
Cubra a boca e o nariz (use máscara)
Quando estiver doente e sentir vontade de respirar, cubra a boca ao tossir e espirrar. Use a parte contrária do cotovelo ou uma máscara se tiver uma por perto. Isso evita que gotículas sejam expelidas no ar, podendo contaminar outras pessoas.
Evite aglomerações
Apesar de nem todos terem a oportunidade de evitar aglomerações, aqueles que podem trabalhar em casa, devem ter mente que é mais seguro sair apenas para ir ao mercado ou à farmácia, já que quanto mais pessoas estiverem nas ruas, maior é a probabilidade de um vírus, como o COVID-19, se alastrar por mais lugares.
Agora que você já conhece as doenças mais comuns do inverno e já sabe como se prevenir para não pegá-las, aproveite para conferir outros conteúdos como este no nosso blog. Aqui você encontra tudo o que precisa para ter mais saúde e qualidade de vida!