Considerado um dos fatores mais importantes para o bom crescimento e desenvolvimento de bebês, o aleitamento materno é em partes iguais desafiador e benéfico, tanto para a mãe quanto para o bebê. Apesar de parecer algo simples, natural e instintivo, o processo de amamentação pode ser cheio de dúvidas e dificuldades, principalmente para mamães de primeira viagem.
Dores, dificuldade em encontrar uma posição confortável, pouco leite e principalmente, a falta de informações e diálogos abertos sobre as dificuldades enfrentadas nesse período são alguns dos fatores que fazem com que a amamentação se torne uma experiência mais complicada do que o estritamente necessário.
Pensando nisso, a Farmácia Indiana reuniu algumas dicas que podem ser preciosas para mamães que estão passando pela fase de amamentação, e também para futuras mamães que querem estar bem preparadas para esse momento tão bonito da maternidade. Continue lendo e confira!
Quanto tempo deve durar a amamentação
Segundo recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), é recomendado que pelos primeiros seis meses da vida do bebê, no mínimo, seja realizada a chamada amamentação exclusiva, ou seja: durante esse período, o bebê deve alimentar-se unicamente do leite materno, sem nenhum outro complemento (nem mesmo água).
Isso é possível por causa da composição do leite materno, que já tem todos os nutrientes necessários para alimentar a hidratar o bebê em quantidades exatas, sem nenhuma necessidade de outros alimentos e bebidas. A partir dos seis meses já é possível inserir aos poucos outros alimentos na rotina do bebê, mas continuar com a amamentação em conjunto com esses novos alimentos até cerca de dois anos de idade é fortemente recomendado.
A hora de ouro
A primeira hora de vida do bebê logo após o nascimento é conhecida como “a hora de ouro”, e recebe esse apelido por ser extremamente importante para a amamentação: é nela que deve acontecer o primeiro aleitamento materno, antes de qualquer outra rotina – até mesmo lavá-lo e pesá-lo.
Quando a primeira amamentação acontece dentro da hora de ouro, as chances de um processo de amamentação tranquila durante todo o tempo pela frente aumentam muito, além de liberar na mamãe hormônios de felicidade, satisfação e vínculos amorosos, e até mesmo diminuir o risco de hemorragia pós-parto.
A hora de ouro também é muito importante por causa do colostro, uma secreção láctea que é produzida nos primeiros dias de amamentação após o parto e que transfere os anticorpos e nutrientes mais importantes para o início de vida do bebê. Nessa hora, o colostro mais rico de todo o processo é produzido, protegendo o bebê de diversas doenças e fortalecendo seu pequeno corpo para um crescimento saudável.

Benefícios da amamentação para o bebê
Por ser parte de um processo que ocorre exclusivamente ao se ter um bebê, o leite materno é repleto de benefícios que dificilmente são reproduzidos com outros alimentos. Ele é “preparado” com exatamente o que o bebê precisa no momento atual de sua vida, contribuindo para o crescimento saudável e até mesmo para a diminuição das chances de doenças futuras, como colesterol alto e hipertensão.
Além disso, a amamentação faz parte de alguns dos primeiros contatos que o bebê tem com o mundo, e o processo ajuda no desenvolvimento cognitivo e de seus sentidos. Também é benéfica para a formação da dentição e do crescimento da face da criança, evitando futuros problemas com a respiração, mastigação e outros processos relacionados com a região.
Benefícios da amamentação para a mãe
O aleitamento é extremamente benéfico para o bebê, mas também tem diversos benefícios para a mãe. Além de evitar a hemorragia pós-parto e contribuir para que todo esse período seja menos arriscado e doloroso quando feita durante a hora de ouro, a amamentação também contribui para algo indispensável na maternidade: o vínculo amoroso entre a mãe e o bebê.
O contato físico e a sensação de fornecer ao seu bebê tudo o que ele precisa são muito benéficos para a construção de uma relação emocional saudável e duradoura, contribuindo para a criação de um ambiente familiar muito mais carinhoso e afetivo.
As principais dores e dificuldades
Amamentar pode ser um processo dolorido, e existem duas principais causas para essa dificuldade: a pega incorreta na amamentação, que causa rachaduras e desconforto; e o ingurgitamento mamário, que é quando o leite se acumula em excesso nas mamas.
Pega incorreta
A chamada “pega” é o modo como o bebê posiciona a boca nos mamilos para realizar a amamentação. Quando é feita de maneira incorreta, ela pode causar rachaduras e fissuras na pele sensível dos mamilos, causando muita dor e desconforto para a mãe. A pega correta evita essa dor e deixa todo o processo mais confortável e agradável.
Para incentivar a pega correta, posicione a boca do bebê para que ele pegue mais a parte de baixo da aréola, englobando-a quase toda. Os lábios do bebê devem estar virados para fora, em formato similar à “boca de peixinho”, e o queixo deve encostar na mama. Esse posicionamento permite que o bebê faça sucções mais efetivas, evitando as rachaduras e a dor.
Ao finalizar a mamada, posicione o dedo mindinho no canto da boca do bebê com cuidado, para eliminar a pressão negativa e fazer com que ele solte a mama com mais cuidado e menos impacto.
Ingurgitamento mamário
Também popularmente conhecido como “empedramento do leite”, o ingurgitamento mamário ocorre quando os seios ficam muito cheios de leite, causando dor e desconforto para a mãe, e até mesmo dificultando a pega do bebê.
Alimentar o bebê sempre que ele sentir fome é uma das melhores maneiras de evitar esse problema, preferencialmente esvaziando as mamas totalmente a cada duas horas. Caso isso não seja possível, se torna necessário realizar a chamada “ordenha de alívio” – que é quando o leite é retirado das mamas manualmente ou através de uma bomba automática.
Doação de leite materno
Apesar da naturalidade do processo, muitas mães não conseguem realizar a amamentação de seu bebê por diversos motivos. Por isso, a doação de leite materno é um gesto de extrema importância sempre que possível: um único litro de leite materno doado pode alimentar até 10 recém-nascidos em um dia.
Esse processo de doação é especialmente recomendado para mães que sofrem com a ingurgitação mamária, mas também pode ser realizado por qualquer mãe saudável produzindo leite. Ao contrário do que muitos pensam, a doação do leite materno para bancos de leite não faz com que o seu bebê receba menos leite diretamente da mama – a produção depende da demanda, e se o bebê está realizando a pega correta, sempre haverá mais leite para ele.
Para doar, busque o banco de leite humano mais próximo de você e siga as instruções fornecidas pela equipe. Muitas regiões contam com um serviço de coleta, possibilitando a doação sem nem sair de casa. Doar leite materno é um ato de amor e solidariedade que salva milhares de pequenas vidas todos os anos.
E se você gostou de saber um pouco mais sobre a amamentação e como esse processo é importante para o crescimento e desenvolvimento saudável dos bebês, continue navegando no nosso blog e confira outros artigos que a Farmácia Indiana preparou para deixar a sua vida ainda melhor!