O ser humano precisa de uma série de vitaminas, nutrientes e sais minerais para manter todo o corpo funcionando. Eles são essenciais para a manutenção de órgãos, funções motoras e outros processo biológicos do corpo.
No entanto, algumas pessoas podem ter dificuldades para digerir fontes de origem animal, como o leite e seus derivados, o que pode causar dores abdominais próprias da má digestão.
Nestes casos, estamos lidando com uma situação de intolerância à lactose. Você até pode ter ouvido falar dela ou ter algum familiar ou amigo que já cortou alguns alimentos do cardápio por causa desse problema.
Pensando nesse público e até em você tem manifestado algum sintoma na sua alimentação diária, resolvemos elaborar esse artigo, no qual você vai entender melhor o que é a intolerância à lactose, como identificá-la, quais são seus sintomas e graus, o que evitar comer e qual é a melhor dieta. Continue lendo!
O que é intolerância à lactose
Antes que haja qualquer confusão é importante entender a diferença entre intolerância à lactose e alergia à proteína do leite, pois ambos ainda criam muita confusão na cabeça das pessoas. A primeira se trata de uma dificuldade do organismo de absorver o açúcar presente no leite, chamado de lactose.
O fato é que o organismo, desde o nascimento, uma enzima conhecida como lactase. Ela tem como função digerir a lactose, convertendo-a em glicose e galactose.
Como alguns já devem saber, esses dois açúcares são responsáveis por gerar a energia que será usada no abastecimento das reservas de energia para o corpo funcionar.
Já a alergia à proteína do leite, também conhecida como APLV, consiste em uma resposta do corpo ao contato com o leite (seja ele de origem materna, animal ou industrial).
A reação alérgica varia de pessoa para pessoa e pode se manifestar através da pele, com a presença de vermelhidão, coceira; por meio do sistema digestivo, com enjoo, náusea; e respiratório, com dificuldades para respirar.
Como identificar
Existem alguns sinais que podem indicar que uma pessoa tem intolerância a lactose. Os sintomas da intolerância à lactose costumam variar conforme o grau de intolerância do indivíduo, mas geralmente eles são os seguintes:
Inchaço abdominal
A partir do momento em que alguém com intolerância à lactose ingere um alimento que contém leite na sua composição, o estômago, que não consegue absorver o açúcar do leite, começa a produzir uma grande quantidade de gases produzidos numa tentativa de fermentar a glicose e a galactose. Isso cria a desagradável sensação de barriga inchada.
Diarréia
Considerada um dos sintomas mais comuns da intolerância à proteína do leite, a diarréia ocorre por causa da dificuldade do corpo em quebrar a glicose e galactose presente no leite e nos seus derivados.
Ao invés de transformá-las em partículas menores, ele envia-as para o intestino da forma como entraram no organismo, o que acaba fazendo com que as bactérias presentes na flora intestinal transformem a lactose em ácido lático.
Ele, por sua vez, agride as paredes intestinais, que por estarem sensíveis, fazem com que a diarreia aconteça obrigando o intestino a evacuar para eliminar o que está causando as dores e desconfortos.
Náusea e Vômito
Ambos os sintomas surgem quando o leite ingerido é recebido a contragosto pelo sistema digestivo. Isso causa uma reação imediata que pode levar ao refluxo gastroesofágico, isto é, o retorno do alimento digerido para o esofago.
Exames que ajudam a identificar a intolerância à lactose
Exame de tolerância
O exame mais comum consiste na ingestão de uma grande quantidade de líquido rico em lactose. A partir dela, o profissional de saúde faz um exame de sangue que ajuda a identificar a quantidade de glucose encontrada no sangue.
Se após o período de 2h horas, que é considerado uma média adequada para perceber alguma mudança química no organismo do paciente, não houver nenhum elevação nos níveis de glucose na corrente sanguínea, isso significa que o corpo está encontrando dificuldades para absorver a lactose e, portanto, tem altas chances de ter intolerância à lactose.
Exame de hidrogênio
Esse procedimento é feito com o paciente também ingerindo uma fonte rica em glicose, mas dessa vez, o médico mede a quantidade de hidrogênio presente na sua respiração. Essa informação vai auxiliar o profissional a saber se a substância está elevada (o que sinaliza um quadro de intolerância) ou sob controle, eliminando completamente a possibilidade dela existir.
Medidor de ácidos
Um simples fezes de amostra de fezes consegue dizer se há ácido lático (substância produzida no intestino ao tentar fermentar a lactose) ou outros ácidos no conteúdo fecal. Em caso positivo, há grandes chances do paciente ter algum grau de intolerância ao leite e seus derivados.
Graus de intolerância à lactose
Como já mencionamos que existem diferentes graus de intolerância à lactose, é importante entender quais são eles, que estão classificados em três tipos:
Deficiência congênita
Ela se manifesta em recém-nascidos que nasceram desprovidos da lactase no organismo. Apesar de representarem casos raros, ainda podem surgir em famílias que carregam consigo o gene da intolerância e passam para os filhos. Portanto, se trata de um processo hereditário, mas que pode ser tratado a partir da alimentação correta desde os primeiros meses de vida até a vida adulta.
Deficiência primária
Aqui temos o corpo produzindo lactase ao longo da vida, principalmente por causa do aleitamento materno e do consumo de leite e seus derivados ao longo da vida adulta.
No entanto, apesar dos níveis de lactase ficaram altos, logo eles caem com a chegada na terceira idade. Isso pode acontecer por causa de mudanças alimentares que tendem a estimular o declínio da enzima no organismo, levando ao desenvolvimento da intolerância.
Deficiência secundária
Neste caso, a quantidade normal de lactase deixa de ser produzida devido à um processo cirúrgico, uma enfermidade ou trauma. Em relação às doenças que podem causar a intolerância à lactose estão a gastroenterite e a doença de Crohn. Ambas causam, a sua maneira, uma inflamação aguda do sistema gastrointestinal, provocada pela queda do sistema imunológico ou pela ação de vírus, bactérias e parasitas.
O que não comer
Já ficou claro que leite e seus derivados em alimentos naturais ou processados estão fora de cogitação do seu cardápio caso você seja intolerante à lactose. Neles podemos incluir:
- Fontes de leite animal (creme de leite, leite condensado, chantilly)
- Iogurtes
- Chocolates comuns feito à base de leite
- Pudins
- Bolos
- queijo (isso inclui todas as suas variações como o provolone, cottage, ricota, prato, branco, mozzarella, gorgonzola, cheddar, entre outros).
Então, qual dieta para quem tem intolerância à lactose você deve seguir? A resposta é que vai conforme o grau de lactose identificado durante o exame de intolerância à lactose.
O que consumir
Para suprir os nutrientes perdidos pela não ingestão de leite de vaca, como o cálcio, que é um mineral essencial para a saúde dos ossos, dentes e músculos, por exemplo. Você pode optar por leites vegetais como:
- leite de coco: rico em minerais como selênio, magnésio, ferro, zinco e potássio, só para citar alguns, ele é produzido a partir de coco e água. Por se tratar de um leite vegetal, ele é altamente indicado para pessoas que têm intolerância à lactose por ajudar no controle do colesterol, ter ação antibacteriana, ser antiviral, fonte de fibras e aliviar os sintomas do refluxo ácido.
- Leite de aveia: representa um complemento à dieta vegana, que tem como base a ausência de proteínas de origem animal e também seus derivados. Por ser uma fonte de fibras, ele ajuda na manutenção da saciedade e também na saúde do intestino, facilitando a digestão dos alimentos.
- Leite de soja: esse extrato vegetal consegue proporcionar diversos benefícios para corpo por causa da concentração de ômega-6 e ômega-3, nutrientes essenciais para a saúde o coração e também para o controle da diabetes. O leite de soja também também é amigo do coração, pois não contém colesterol na sua composição.
- Leite de amêndoas: outra alternativa à leite integral, o leite de amêndoas é rico em vitamina E, um nutriente rico em antioxidantes que retardam a destruição das células e o envelhecimento da pele. Mesmo não contando com a mesma concentração de cálcio do leite de vaca, ele ser ingerido acompanhado por outros alimentos ricos neste mineral como cereal de milho, chia, grão-de-bico, brócolis, gergelim, entre outros.
- Leite de arroz: está presente no cardápio de vegetarianos e veganos por ser livre de lactose. Rico em carboidratos, ele é produzido a partir da mistura de arroz cozido, xarope de arroz e amido de arroz integral. O seu consumo estimula a perda de peso, quando comparado ao leite de vaca, que costuma ser mais calórico.
A inclusão de frutas, legumes, vegetais e fontes integrais nas principais refeições do dia (café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar) vem para complementar a dieta para intolerância à lactose,tornando mais saudável e nutritiva.
Agora que você já sabe tudo sobre a intolerância à lactose, incluindo os sintomas, exames e ajustes que podem ser feitos na dieta para evitar os seus sintomas, aproveite para continuar navegando pelo nosso blog, onde você encontra informações relevantes sobre saúde, qualidade de vida e bem estar. E não se esqueça de visitar a nossa loja online. Lá temos tudo o que você precisa para o corpo e mente.